Masculinidade no divã: a disfunção erétil e o mito da virilidade

Aprendemos desde criança que o homem tem que ser forte, corajoso, protetor, macho, não podendo mostrar sentimentos, fraqueza ou chorar

Disfunção erétil pode atingir homens em qualquer fase da vida (Imagem de gpointstudio no Freepik)
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A vida moderna com suas exageradas cobranças, pressões e preocupações afeta cada vez mais a sexualidade humana, tanto para o homem quanto para a mulher. Existe em nossa cultura um padrão esperado para o comportamento sexual do homem e também da mulher.

Mas quando se trata da figura masculina, a cultura é ainda mais exigente, há uma cobrança muito forte sobre a sua sexualidade e masculinidade, é incentivada uma cultura machista e fálica, onde aprendemos desde criança que o homem tem que ser forte, corajoso, protetor, macho, não podendo mostrar sentimentos, fraqueza, chorar e outros mitos sobre o seu comportamento.

O problema da Disfunção Erétil – DE, também conhecida como impotência sexual masculina, ainda é rodeado de tabus e mitos, afetando a vida do homem e suas relações. Os laboratórios farmacêuticos têm lucrado bastante com a venda dos remédios para DE, o que demonstra que a busca em uma “solução mágica” para o problema tem gerado um consumo muito grande para esse tipo de medicação. Eles estão entre os mais consumidos no Brasil e ainda assim isso é um tema pouco comentado.

Vivemos em uma sociedade em que a figura masculina é representada como um “Super Herói”, potente, viril, com boa ereção, pronto para dar prazer, é o que se espera do parceiro sexual. Mas, quando isso não acontece, como fica a cabeça do macho que desde criança aprendeu que o seu desempenho sexual é a coisa mais importante na relação e que ele não pode “falhar”?

O machismo marca a questão da ereção em nossa cultura. Há uma cobrança explícita do bom desempenho do homem durante o ato sexual. Com isso ele internaliza que não pode “falhar” e se isso acontece, se sente incapaz de realizar algo que é de sua natureza.

Para o homem que apresenta dificuldade em sua ereção, falar sobre o assunto é algo muito difícil, principalmente, com a(o) parceira(o). Procurar um profissional é ainda pior e muitos acabam buscando a solução mais rápida que é recorrer ao remédio, na maioria das vezes, automedicando-se. Deve ser sofrido ficar remoendo esse problema sem dividir com alguém que possa ajudá-lo de fato! 

O medo de falhar novamente

Quando o homem “falha” em sua relação sexual, quando não ocorre a ereção tão esperada ou desejada, ele pode desencadear uma série de sentimentos e emoções, tais como, sentir-se fracassado, derrotado, fraco, ansioso, incapaz, com baixa autoestima, falta de confiança, deprimido. Alguns podem ter dúvida até mesmo da sua masculinidade, somente porque não teve boa ereção.

Enfim, há uma série de sentimentos, sensações, emoções e pensamentos presentes, que o deixam ainda mais inseguro e com medo da próxima relação sexual, para não correr o risco de “falhar” novamente, por este e outros motivos. Como ressaltamos, muitos fazem uso de medicamentos sem a orientação médica, o que é muito perigoso e um risco para sua saúde.  

Para os homens, entrar em contato com esse problema de impotência sexual, deve ser muito difícil, mas “não podemos jogar a poeira embaixo do tapete”. Vocês não acham? É importante esclarecer que a falta de ereção pode ser causada por vários fatores, tanto orgânicos quanto psicológicos. Fatores orgânicos afetam a parte psicológica e a falta de ereção por fatores emocionais afeta o bom desempenho sexual. Nos dois casos é fundamental ter um apoio psicológico para lidar melhor com o problema. 

Apoio psicológico é fundamental

Na clínica quando recebo algum paciente com DE – Disfunção Erétil, percebo como se sentem constrangidos e envergonhados para relatar o que está se passando, apresentam dificuldades até para falar os termos e relatar os detalhes, como se fosse algo impossível de acontecer com eles. É importante esclarecer que a falta de ereção pode acontecer com qualquer homem, até mesmo em situações de cansaço e estresse.

Podemos entender a sexualidade humana como uma questão das nossas vidas que em algum momento pode ter suas “falhas”, portanto “falhar” às vezes, faz parte da vida sexual de nós humanos. O que não pode acontecer é ter uma frequência e constância.

Quando isso acontece, é importante procurar um médico urologista para investigar se há questões orgânicas comprometendo o bom desempenho na hora das relações sexuais. Depois que o médico pesquisar sobre a parte orgânica, podemos começar com os atendimentos psicológicos e investigar tudo sobre a sexualidade do paciente. 

Como forma de autocuidado, é importante procurar ajuda especializada: urologista, sexólogo ou psicólogo. A Psicologia que trabalha com a hipnose clínica é uma excelente aliada, sendo indicada nos transtornos sexuais e quando se trata de impotência sexual por fatores emocionais. Os resultados são surpreendentes. 

Você não está sozinho! Procure ajuda! A hipnose pode transformar a sua vida para melhor!

Leia NOSSOS artigos AQUI NO ‘PALAVRA DE ESPECIALISTA 

 

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